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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Falar e calar

As palavras sempre a intrigaram por sua força... o sim e o não com o seu preço em decisões e escolhas; o covarde talvez, carregado de estagnação.
Mesmo quando não dita, a palavra se mantem forte, presente na agonia do silêncio inoportuno: para a pessoa que se cala é excesso e para a que não ouve, vazio.
Ela nunca teve facilidade em encontrar o equilíbrio entre o falar e o calar. É certo que na raiva, o silêncio é melhor. Poucas coisas são tão desconfortáveis quanto a sensação de ter acabado de dizer algo realmente ofensivo, de ter se excedido.
Palavra é bicho de doma difícil e isso ela descobriu logo. Algumas vezes viu o que disse ser interpretado de forma diferente, como se as palavras, uma vez faladas, se emancipassem, adquirindo vontade própria, dando rodopios e cabriolas (como a idéia fixa do Brás Cubas de Machado).
Mesmo sem muito treino com essas criaturas (as palavras) ela decidiu usá-las mais - na forma muda (como agora), mas principlamente na falada, pra expressar seu carinho, afeto e apreço pelas pessoas - porque nem todo o silêncio é ouro.






1 comentários:

Anônimo disse...

Gostei, especialmente "do bicho de doma difícil". Nossa e como é. Bj