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domingo, 29 de junho de 2008



Quando se fala em extinção é comum pensar em espécies da fauna ou da flora, lembrar do aquecimento global, do efeito estufa, do rombo na camada de ozônio... Mas não é exatamente disso que se trata.
Anos de pesquisas, investimento, avanço tecnológico e algumas profissões, por obsoletas, deixam de existir.

As máquinas de escrever, por exemplo, não são mais usadas. Logo, estão extintos os professores de datilografia. Você alguma vez se deixou embalar pelo som de uma máquina dessas? A seqüência cadenciada das letras e do espaço; as mudanças de linhas; a retirada da página. O ritmo em conformidade não com habilidade de tocar teclas, mas com as certezas e dúvidas próprias de quem tenta tocar as palavras e com elas alcançar os outros.
Os postes para iluminação pública no passado eram acesos por homens. Logo no início, usavam fogo e óleo, muitos anos depois, bastava virar a chave do interruptor. Eles vinham a cada entardecer e colocavam olhos nas ruas e praças. Quando amanhecia eles voltavam, lhes dando descanso.
Claro, é o progresso e nada contra as inovações... quer dizer, talvez uma pequena objeção, ou melhor, faz de conta que esse é um minuto de silêncio em homenagem às atividades arcaicas que de uma queda foram ao chão.

Ela pensava nisso, enquanto lia numa revista de antes de anteontem, que cientistas conseguiram extrair o DNA de um tigre-da-Tasmânia - bicho simpático, meio zebra, meio lobo que deixou de existir em 1936.

Foto: http://lunati-que.deviantart.com/art/el-tiempo-pesa-68640914

17 comentários:

Unknown disse...

Eu tenho até hj a minha máquina de datilografia, pequena, com tampa verde. Realizei um sonho qdo a ganhei de aniversário. Me sentia poderosa e independente fazendo meus trabalhos de escola na minha máquina portátil, datilografando os nomes das Capitanias Hereditárias em folha almaço.
Bjos menina!

Narradora disse...

Gra,
Nunca tive uma minha de verdade. Mas usei muito a do meu pai.
Bjs

Alessandra Castro disse...

Realmente muito bom o texto do seu post, interessante a escolha de tema. As vezes até um simples chocolate que é colocado fora de fabricação influencia sim em alguns aspectos da nossa vida. ;)

Lígia disse...

Perguntas sem respostas..
Melhorou ou piorou? O fato é que perde-se cada vez mais o valor das pequenas coisas, que poderiam nos alegrar o dia, não fosse o nosso olhar tbém ter ficado mecânico...

Clareana Arôxa disse...

Eu fico com as cartas, com a máquina e com as declarações à moda antiga de amor. Progresso,pra mim, é uma coisa que facilita e não que me deixa longe do cheiro de um bom livro de capa dura e do som, quase divino, da máquina de escrever.

beijo!

Unknown disse...

Olá Narradora...
Preservo em minha prateleira uma Remington 25, um sonho de menina, o som e o movimento das teclas encantavam-me, ainda tento quebrar os dias de silêncio com esse barulhinho...
Agora mantenho sempre comigo uma caixinha de fósforos, item essencial num kit de sobrevivência, nunca se sabe quando a energia vai embora...
E por causa disso, guardo no meu melhor lugar os melhores momentos que já vivi, afinal nunca se sabe quando se vai embora...
Uma pena as pequenas coisas que realmente importam serem tão efêmeras...
Até mais...
Beijinho!

Narradora disse...

Miss Mary West,
Lembranças...rs
Bjs

Vizinha,
A gente ainda pode.
Bjs

Clara,
Concordo contigo.
Bjs

Lu,
Fósforos...rs
Nada do que se guarda é efêmero.
Bjs

Anônimo disse...

Acho que tu deverias postar mais.
To aqui, lembrando de ti. Tomando um cappuccino e curtindo uma quase finaleira de dor de cabeça.

Beijos! Dri

Narradora disse...

Oi Dri,
Tomara que essa dor de cabeça passe logo.
Vou aproveitar esse mês e postar com mais freqüência.
Beijo.

Ana Cláudia Zumpano disse...

eu voltei e por aqui tá tudo tão lindooo... vou lendo com calma tudo que perdi!
bjos bjos ;***

carmim disse...

e o tempo é matéria pra história...

Bruno S. disse...

Meio zebra, meio lobo e meio canguru. Era marsupial, hehehe! A Oceania é o laboratório de testes dos deuses. Muito bicho esquisito, lá. Mas é um pensamento muito interessante, o seu. Profissões extintas. Vou pensar mais sobre, fui pego desprevenido :)
Bjo!

Anônimo disse...

nunca tinha paarado pra pensar nisso tantas coisas alem dos animais soa extintas, muito legal o post abracis

Letícia disse...

Vivemos buscando inovações e avançamos no tempo com nossas descobertas e acho que ainda irão reiventar coisas únicas. Só não irão apagar nossa vontade de escrever.

Bjs...

Letícia

Narradora disse...

Ana,
Que bom que voltou.
Bjs

Carmim,
A história que a gente escreve.
Bjs

Bruno,
Cada bicho estranho né...rs
Bjs

Avessos,
Então moço, muita coisa mesmo.
Bjs

Letícia,
Acho importante essas inovações, imagina o tempo que nos poupa... Só olho com cuidado pra não perder a poesia do que é simples.
Bjs

Camilla Tebet disse...

Então, a primeira vista um texto nostálgico. Mas não é! É um texto respeitoso pelo que já foi o futuro. A máquina de escrever elétrica era o futuro. Até o computador que usamos hoje era o futuro. Algumas se tornaram passado, outras ainda presente.. mas vc prestou a atenção na história e presta aqui uma pequena homenagem... Eu ainda tenho minhas máquinas e lamento não usar algumas coisas que me eram tão caras, mas que hoje me tomariam tanto tempo. São coisas em extinção mesmo. Infelizmemnte e felizmente novas surgem pra nos supreender.

Narradora disse...

Infelizmente, felizmente... :)
Bjs