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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tempo ao tempo


Todo Fim
(Anna Luísa/Eugênio Dale)

Deixa passar
Que a vida trabalha em silêncio
Nem tente dar asas ao tempo
Fique em seu lugar

Se ainda é cedo pra voltar
Ou mudar a direção
Quem sabe esperar

Deixa correr
Sem pressa de achar um abrigo
Mas onde é que mora o perigo
Da chama se acender

É comum em todo fim
O amor se proteger
Vamos tentar deixar assim
Esperar o acaso nos socorrer

Se a dor da saudade traz
Não deixar esse nosso segredo
Dormir em paz
E se de repente acontecer
Quem vai voltar atrás

Nem sim, nem não
Nem não, nem sim
Talvez você, talvez pra mim
Quem vai dizer que foi ruim
Quem vai saber
Melhor assim

Domar o coração

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Paciência

Finalmente ela entendeu que o tempo necessário para apaziguar a alma, para aquietar o coração e para colocar em ordem as idéias não podia ser medido nos relógios, não variava conforme o fuso horário e sim de pessoa pra pessoa.
Ela percebeu que esse tempo é o mesmo que faz com que as estações se sucedam, é o que possibilita a cura, o perdão e o aprendizado.
Mais tranquila, ela viu que o afeto pode mudar de natureza sem se perder. As vezes a paixão é só paixão - e isso não é pouco - mas, outras vezes ela é o início de um amor - quem sabe até do Grande Amor - ou de uma amizade - que é só o amor com outro traje.
Mas pra saber isso, só com o tempo...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Longe, aqui

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Música by Lightning

Ao alcance

Ela se vestiu de calma e entrou na sala, pessoas iam e vinham num movimento de estação.
Depois de muitos minutos e palavras, perguntas repetidas e passos ensaiados, veio o tédio e ela capitulou.
Já estava de saída quando reparou na moça vestida de música. Não conhecia a letra, mas a melodia chamou sua atenção.
Elas se falaram com as mãos porque compartilhavam a distância.
De início tão diferentes: a moça era um rock de hipóteses e números, fatos e surpresas; enquanto ela desfiava, em jazz, seus pensamentos, cheia de "adoro", "eu acho" e "porquês".
Com o tempo percebeu como ficava a vontade se vendo nos olhos da moça, falando das suas teorias num diálgo que para qualquer um pareceria sem rumo, mas que a moça entendia, da mesma forma que, generosa, desculpava o seu medo. Ela foi baixando suas defesas, abrindo espaço para o afeto genuíno e trazendo a moça pra sua vida, pra ser seu bem.
E se hoje elas estão geograficamente mais distantes - países as separam - ainda continuam ao alcance das mãos (na cabeça e no coração).

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Hoje é segunda-feira!

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Eu também te quero muito bem...


Cheiro de chuva... um barulho... grama úmida... um barulho... passeio no parque de mãos dadas... um barulho... fim de tarde... um barulho. Mas que raio de barulho é esse?
Ela levantou de um pulo, o despertador tocava indiferente, segunda-feira de novo - ô dia chato.
Olhou no relógio - estou atrasada, pensou; correu pro banho - tenho que acordar mais cedo, mas eu tenho que dormir mais cedo também; ligou o chuveiro e entrou de uma vez - que roupa eu vou vestir, o conjunto bege tá na lavanderia; o banho foi rápido - hoje é dia de começar a dieta, nada de capuccino.
Vestiu a roupa correndo - tenho que ir ao banco primeiro, melhor ir ao caixa rápido do supermercado, assim já compro o shampoo.
Engoliu o café e foi pro carro, trânsito de segunda-feira - ô dia chato.
Entrou no escritório, recado da operadora de cartão de crédito; aviso de inscrição do nome no Serasa, cobrança indevida; telefone, atendimento eletrônico - isso é um desperdício de tempo; pagamento confirmado - problema, que nem deveria existir, resolvido.
Três horas depois de ter acordado, finalmente, vai começar o dia, na verdade a semana, pois hoje é segunda-feira - ô dia chato.
Liga o computador, aparece uma mensagem instântanea, "Eu tb te quero muito bem...", tinha sido postada às 9:38 daquele mesmo dia, segunda-feira - ô dia lindo.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Combina com manhã de domingo

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Lar


Hoje é domingo, o céu ainda está nublado, mas o calor se insinua.
Ela acordou cedo, não cedo pra segunda-feira, cedo pra domingo. Ela sempre faz isso, acorda e fica um pouco na cama, assiste tv e depois vai pra cozinha.
É nessa hora que a casa cria vida, parece até que conversa com ela, através do barulho das panelas, do fogo que é acesso, do chiado da água que ferve...
Todo domingo de manhã ela faz pão de queijo (na verdade nunca fala faz, fala amassa o pão de queijo), já tem um bom tempo que segue essa rotina. Pra ela é um compromisso, não no sentido de obrigação ou peso, mas como vínculo ou laço, é um jeito dela demonstrar afeição.
Na medida em que o quitute vai ficando pronto, o cheiro toma conta do ambiente: primeiro preenche a cozinha, depois a sala de jantar e de lá vai buscar as pessoas que ainda estão nos quartos.
Com o café coado e todos de pé, com os risos e afagos, com os cheiros e os sabores, a casa vira lar.
Foto http://www. bp3.blogger.com/.../qCE3s8S0-uY/s320/img009.gif

Bem vindos!


Sou o Narrador e serei o anfitrião de vocês enquanto se aventurarem por essas paragens.
Como todos sabem, narrador é o que relata as particularidades de um fato, o contador das histórias. Assim, não sou autor e tampouco personagem, sou apenas o instrumento para expor as coisas vividas por essas pessoas que habitam o mundo real, do qual eu não faço parte.
Aqui vocês vão encontrar fragmentos de vidas, portanto entrem devagar e pisem com cuidado.

Foto http://www.cosassencillas.files.wordpress.com/2007/06/sopa.jpg