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domingo, 11 de abril de 2010

A noite lhe pesava os ombros, produzindo um andar arrastado de chinelas no chão.

Palavras, ainda não formadas, permaneciam atravessadas entre os dentes, traves tortas estorvando a fala.

No olhar conjugava atrito e faísca.

Os braços já não construíam pontes.

Entre as mãos fechadas, jaziam abismos com gosto de lágrima e madrugada.




http://amanda-oliveira.deviantart.com/art/polaroid-in-me-103934748



2 comentários:

. disse...

Maravilhoso, Lu! "Os braços já não construíam pontes": excelente!!!

Beijos e pétalas.

Ilaine disse...

Sim, um lindo escrito. Há nestas palavras um laivo de tristeza. Algo belo eu escuto aqui...

Beijo