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sábado, 26 de junho de 2010

Era dia de chegada: a ausência que pintou tudo de cinza logo ia se dispersar. O sol apareceu fraco e fazia frio, mas só do lado de fora da moça.




Ela levantou bem mais cedo que o costume e com cuidado lavou a alma, tirando todas as marcas da saudade; secou os cabelos e molhou a boca; bem devagar espalhou alegria pelo corpo e só se deu por satisfeita quando todo ele sorriu; com as mãos macias de ternura, acalmou o coração-zabumba; e, perfumada de desejo foi para a janela, gastar o restinho de espera que ainda trazia no olhar.

6 comentários:

Paulinha disse...

Adorei o "coração-zabumba". A música de dentro é tão gostosa...

Marília Silveira disse...

precioso e delicado!

Merini disse...

Sempre me faz muito bem passar e ler o que narrou aqui ;}

. disse...

É tão bom matar as saudades e se preparar desse jeito, hmmm...


Beijos e pétalas.

Cecília Braga disse...

De uma delicadeza desgastada, feito o olhar ainda triste de quem sorri.
=*********

Gra Porto disse...

Ahhhhh os encontros.....coisa boa!