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sexta-feira, 10 de outubro de 2014









Por você, ainda chovo.
Umas noites, em tempestade, trovejo sua ausência. Com qualquer sopro de lembrança faço tornados, destelho verdades, embaraço ideias, bagunço palavras... Enfim amanheço, peito devastado.
Percebo, com os intervalos, que o tempo das monções está passando. É hora de reaprender a ser estio.
Terminar é gerúndio.

terça-feira, 5 de agosto de 2014






Queria tanta coisa...
Mas decidiu, moleca, descalçar os pés. Respirou fundo quando o frio da lajota trouxe o antigamente.

Soltou a carretilha de pensamentos e fez o coração pipa voar alto; correndo com o vento e espalhando seu riso rabiola pelo céu do apartamento.


Imagem: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=138082120923633688#editor/target=post;postID=789445588691154679;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=0;src=link

domingo, 6 de abril de 2014


                                                                          Foto Narradora


Você já reparou como as cores estão mudando?
O amanhecer desafia, desatina...
Acorda as mãos e lava os olhos meu bem, desperta o sonho...  É hora de fazer realidade. Espanta as certezas, sacode as cadeiras, mexe, gosto de te olhar em movimento.
O café empurra o cansaço pra mais logo, então aproveita o tempo extra e me leva daqui.
Vem agora, carrego o esgotamento vago dos que não desistem, mas o tempo passa amor. As cortinas se fecham, envolvendo o pra sempre e, de repente, o nunca acontece.


domingo, 9 de março de 2014


                                                                                  Foto Narradora


Fim de tarde e o tempo escapole... O agora, esse exato instante, já não é.
O vento que brinca com meus cabelos, embaraça minhas certezas, agita os argumentos e descobre brasas onde eu só cria cinzas.
A noite começa estrelada, todinha bordada de luz, alheia ao combate que em vão tento serenar.
...
Minhas tempestades são internas, talvez por isso esse medo de trovão.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Foto: Narradora


Nos desenhos fugidios com que a luz da manhã estampa o taboado do quarto, enquanto o vento conduz as cortinas num abraço louco.
No brilho precioso da poeira que paira livre, até que satisfeita se dissipa.
Nas notas animadas por Gardel que vez em quando são interrompidas pelo sussurro da agulha no vinil.
No cheiro de mar que ainda carrego preso aos cabelos.
No seu abandono enquanto os meus dedos traçam detalhadas cartas náuticas, ligando as pintas das suas costas.
Na sua instabilidade, no meu receio, na nossa entrega.

Na singela conjugação de instantes, (re)compomos nosso caminho.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014




                                                                                                    Foto: Narradora

NÓDOA (latim notula)/ s.f. 

 Você, assim, em mim...