A noite lhe pesava os ombros, produzindo um andar arrastado de chinelas no chão.
Palavras, ainda não formadas, permaneciam atravessadas entre os dentes, traves tortas estorvando a fala.
No olhar conjugava atrito e faísca.
Os braços já não construíam pontes.
Entre as mãos fechadas, jaziam abismos com gosto de lágrima e madrugada.
http://amanda-oliveira.deviantart.com/art/polaroid-in-me-103934748
2 comentários:
Maravilhoso, Lu! "Os braços já não construíam pontes": excelente!!!
Beijos e pétalas.
Sim, um lindo escrito. Há nestas palavras um laivo de tristeza. Algo belo eu escuto aqui...
Beijo
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