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sábado, 26 de junho de 2010

Era dia de chegada: a ausência que pintou tudo de cinza logo ia se dispersar. O sol apareceu fraco e fazia frio, mas só do lado de fora da moça.




Ela levantou bem mais cedo que o costume e com cuidado lavou a alma, tirando todas as marcas da saudade; secou os cabelos e molhou a boca; bem devagar espalhou alegria pelo corpo e só se deu por satisfeita quando todo ele sorriu; com as mãos macias de ternura, acalmou o coração-zabumba; e, perfumada de desejo foi para a janela, gastar o restinho de espera que ainda trazia no olhar.