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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Já era tarde e ela de alma leve arrumava as malas...
Já tinha feito isso noutros tempos, mas dessa vez eram malas de encontro, pesadas de alegria e cheias de futuro.


Ps: Para todos um ano novo caprichado e até o fim das férias...

sábado, 20 de dezembro de 2008

Não é um bicho matutino, quem dirá madrugador. Acordar cedinho sempre bota seu relógio interno de ponta cabeça. Aí ela fica assim, um pouco (mais) atrapalhada, como quando tem feriado no meio da semana e ela insiste em achar que o dia seguinte é segunda-feira.

Mas naquela manhã levantou cedo por vontade e saiu para dar uma volta pelo bairro.
Caminhava devagar, vendo coisas a granel, como na música de Luiz Gonzaga. Algumas construções recém iniciadas, pequenas reformas já no final, mudança nas cores das fachadas e, aos poucos, o que era conhecido ia se transformando.
O mesmo acontecia com ela, ainda que por fora, se mantivesse plácido espelho d'água; por dentro, corredeiras de nunca e sempre, teimavam em buscar sentido morro acima.

Ela apressou o passo e um vento mais atrevido brincou com a saia do seu vestido. Um sorriso aberto, feito sol que inaugura verão, estampou-lhe o rosto.
Era tempo de mudança, logo uma nova estação chegaria, daqui um pouco era outro ano. Como ela não tinha certeza se o vento era de feição - como os marinheiros chamam aquele que favorece o caminho escolhido - decidiu baixar as velas e pegar os remos, afinal, depois de muito tempo ela sabia bem onde queria chegar.



Ilustração: http://frecklefaced29.deviantart.com/art/Silent-Girl-18951127